Somei noite mais noite olhando a lua
Decorei cada estrela que brilhava
Morri mais de uma vez em cada rua
E sempre a cada vez, ressuscitava
Pobre do tempo que não me alcançava
Nunca se alcança aquilo que flutua
Cama após cama a carne se gastava
E a alma devassa andava seminua
Fui Deus e rei poeta e vagabundo
Vivi mais de mil vidas por segundo
Ultrapassando sempre o mais em frente
Hoje deixo que o tempo me ultrapasse
Morri de vez mas se ressuscitasse
Faria tudo como antigamente
Mário Lago
Sigam-me no Twitter alexfromipanema e leiam minhas poesias em alexsartorelli.blogspot.com
sábado, 26 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Cogito
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.
Assinar:
Postagens (Atom)